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Os sistemas políticos sempre objetivam eleger um bom governo não é mesmo?

A eleição do mandatário de um povo devia mesmo seguir as normas de rigoroso "concurso" tão comum nas funções públicas subalternas, em vez de produto de vontades aliadas sob a flâmula de um partido ou sistema, ou mesmo da nomeação do grupo dominante. É preciso que esse homem selecionado para o elevado cargo público apresente, tanto quanto possível, o mais alto índice de sabedoria, razão e sentimento investigados no seio do conjunto a ser governado. Em caso contrário, o todo passa a obedecer a um comando confeccionado em separado e que não lhe pode proporcionar o equilíbrio e a harmonia somente possível através de um conhecimento global!

 

PERGUNTA: - Poderíeis explicar-nos melhor esse assunto?

 

RAMATÍS - O governo de uma nação ou de um povo terrícola comumente ignora a sua imensa responsabilidade assumida perante a "Administração Sideral", a qual realmente governa o planeta! Então se julga autorizado e independente, detentor de um "poder máximo" sobre certa coletividade, sem necessidade de prestar quaisquer obrigações para o Governo Oculto atuante do mundo espiritual!

 

No entanto, o imperador, o rei, o governador ou mesmo o ditador não passam de mordomos agraciados com a confiança divina, por cujo motivo serlhes-á exigido depois da morte corporal as mais severas contas dos encargos na matéria. Jamais serão tolerados, quando distorcem o sentido de sua governança em favor dos seus interesses particulares e do enriquecimento do "clã" familiar, pois a Lei Espiritual não lhes perdoa a mínima subversão no comando do patrimônio público!

 

A governança, na Terra, deriva de severos compromissos esquematizados e assumidos no Espaço pelos seus responsáveis, uma vez que na movimentação de um povo ou nação também se inclui a recuperação cármica dos indivíduos que constituem o conjunto governado. Cada espírito encarnado está vinculado a um organograma sideral, onde se avaliam todas as possibilidades de êxito e fracasso eventuais na rota cármica.

 

Após a desencarnação, cada homem presta conta dos seus feitos realizados no mundo material e responsável pelas defecções espirituais! Infeliz do governante terreno que, devido à sua ambição política ou inescrupulosidade, altera, perturba ou modifica a vivência dos seus governados, impedindo-lhes de cumprirem certas tarefas cármicas ou afastando-os de objetivos de responsabilidade espiritual! Daí o conceito sideral, que é tão popular no AlémTúmulo e assim expressa: "Mil vezes, ser um apóstolo do Cristo, do que um ministro de Estado!"...

PERGUNTA: - Mas os sistemas políticos, organizados pelas principais classes de um povo, sempre objetivam de eleger um bom governo, não é assim?

 

RAMATÍS - Os terrícolas, ingenuamente, criam sistemas de "ismos" e doutrinas onde pontificam grupos de interesses particulares para dirigir um "todo", quando o sistema diretor há de ser sempre um produto eleito por credencial superior de toda a comunidade. Considerando-se que num jardim a flor mais bela e odorante deve ser a rainha, obviamente, o governo ou comando de um povo deve ser entregue ao cidadão mais bem credenciado na razão e no sentimento; o melhor homem do conjunto!

 

 Ele é o ápice de melhor qualidade do seu povo e deve ter comprovado na sua própria vida as credenciais que todos esperam vê-lo mobilizar em favor da coletividade. Nenhum povo consegue a solução política satisfatória, deixando-se governar por qualquer "molde" doutrinário ou político, produto de um grupo de pessoas associadas por simpatias e gostos particulares e constituindo-se num comando à parte.

 

É absurdo um conjunto de criaturas de preferências pessoais políticas pretender dirigir um outro todo variadíssimo em sua gama psíquica, mental e emotiva, como é um povo ou nação, enfim a própria humanidade! Não se pode fazer com a massa humana o que se faz com a "massa de confeitos", onde a matriz escolhida pelo confeiteiro é que determina a forma do doce. Não é a figura dada ao confeito o que lhe determina a qualidade, mas isso é inerente à natureza do conteúdo que preenche o molde. Um sistema, doutrina ou partido político é um molde a ser preenchido por determinado tipo de homens afins em suas idéias, gostos e intenções! São os ingredientes particulares que nem sempre satisfazem o todo coletivo, que é do mais variado conteúdo!

 

Daí a incoerência de indivíduos criarem um sistema ou partido político para dirigir um todo humano, cujo sistema deveria ser uma síntese do conjunto a ser governado! É algo como a disciplina e o equilíbrio que existe na função dos diversos órgãos do corpo humano, que para sobreviverem mutuamente submetem-se à regência do cérebro, isto é, a síntese comandante do próprio conjunto orgânico! Ele não particulariza, mas comanda cada órgão de acordo, com a sua função e necessidade, atendendo especificamente o equilíbrio e a harmonia do conjunto.

 

Tornar-se-ia ilógico, que o fígado, por exemplo, resolvesse criar um sistema baseado na sua própria função hepática, pretendendo com esse "hepatismo" governar as necessidades de todo o corpo humano! Um povo ou uma nação, indiscutivelmente, é um todo orgânico que materializa a síntese de uma só vontade psíquica e que deve submeter-se a uma direção espiritual superior.

Fonte: "A Vida Humana e o Espírito Imortal" 

Ramatís/Hercílio Maes - Editora do Conhecimento.

Fonte: "A Vida Humana e o Espírito Imortal"  Ramatís/Hercílio Maes - Editora do Conhecimento.
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