

Médium Consciente
À luz de Ramatís
Haveria casos em que a prece pudesse ser insuficiente ou até mesmo negativa?
Deus não patrocina a indústria da Morte, fora da lei normal de evolução e libertação espiritual no prazo justo. Ele não possui inimigos, pois todos são seus filhos e dignos do mesmo Amor.
Inconveniente também é a oração como rogativa interesseira para melhorar negócios, evitar deveres cotidianos, satisfazer paixões ilícitas, desforrar-se do adversário ou conseguir fortuna fácil mediante especulações de negócios escusos. A prece desafoga o ser nas horas cruciantes e perturbadoras, renovando-lhe o ânimo pelo energismo superior e consolando-lhe a alma pela certeza de breve libertação dos sofrimentos redentores na carne.
Jesus, Francisco de Assis, Dom Bosco, Teresinha de Jesus, Vicente de Paula e outras criaturas de elevado porte espiritual, que sobrepunham a Vida Eterna à transitoriedade do mundo material, voavam nas asas da prece até as esferas angélicas e comungavam, felizes, com o reino celestial do Senhor.
PERGUNTA: - Em que condições a prece é insuficiente, negativa ou até mesmo inconveniente?
RAMATÍS: - Insistimos em dizer que a prece, em face de sua natureza excelsa e imponderável, é súplica religiosa ou rogativa terna, pairando acima dos interesses egoístas do ser. Ela vivifica a alma e exalta o Bem; sendo, portanto, censurável que alguns homens subvertidos convoquem forças mentais para atender aos seus objetivos mercenários, egocêntricos ou até vingativos.
A oração é negativa quando não é mobilizada exclusivamente para o bem do Espírito imortal ou em benefício do próximo. Eis por que não são preces, mas, sim, "invocações satânicas", os apelos e as cerimônias litúrgicas dos sacerdotes imprudentes, quando benzem canhões, cruzadores, submarinos belicosos e armas mortíferas, que se destinam a massacrar pretensos inimigos em guerras fratricidas.
Também não correspondem ao caráter excelso e redentor da prece as rezas, os cantochões e as ladainhas extensas com que esses infelizes ministros de Deus julgavam burlar a lei do Amor quando, nas fogueiras da Inquisição, queimavam as suas vítimas indefesas.
Jamais o Alto admitiria esse truncamento da oração mediadora do Espírito e estímulo da Vida - para cobertura de crueldades tão maléficas e diabólicas, embora executadas sob o pálio da religião oficial.
Fonte: "Elucidações do Além" - Ramatís /Hercílio Maes
Editora do Conhecimento.