

Médium Consciente
À luz de Ramatís
Será que a alimentação influencia de alguma forma nas questões mediúnicas?
O que prejudica o trabalho do médium não é apenas a dilatação do estômago, consequente do excesso de alimentação, ou os intestinos alterados profundamente no seu labor digestivo, ou pâncreas e fígado em hiperfunção para atenderem à carga exagerada da nutrição carnívora, mas é a própria carne que, impregnada de parasitas e larvas do animal inferior, contamina o perispírito do médium e o envolve com os fluidos repugnantes do psiquismo inferior.
Os centros nervosos e o sistema endócrino da criatura se esgotam dolorosamente no trabalho exaustivo de apressar a digestão do carnívoro sobrecarregado de alimentação pesada, comumente ingerida poucos minutos antes de sua tarefa mediúnica. Como os guias não se podem transformar em magos miraculosos, que possam eliminar, instantaneamente, os fluidos nauseantes das auras dos médiuns glutões e carnívoros, estes permanecem nas mesas espíritas em improdutivo trabalho anímico, ou então estacionam na forma de “passistas” precários, que melhor seria não trabalhassem, para não prejudicarem pacientes que ainda se encontrem em melhor condição psico-astral.
PERGUNTA: - Se é assim, deve ser contraproducente, aos médiuns, o sentarem-se à mesa espírita com o estômago saturado de carne, não é verdade?
RAMATIS: — Isso depende da natureza das comunicações, do ambiente e do tipo moral do médium. Se este for criatura distanciada do Evangelho, não passará de fácil repasto para os espíritos glutões e carnívoros, que hão de se banquetear na sua aura poluída de fluidos do astral do porco ou do boi. Se se tratar de criatura evangelizada e afeita aos comunicados de benefício humano, será então protegida pelos seus afeiçoados, embora portadora de repulsiva carga de eructações astrais incomodativas às entidades presentes mais evoluídas.
Mas o carnívoro e glutão pouco produz no trabalho de intercâmbio com as esferas mais altas; o seu perispírito encontrar-se-á saturado de miasmas e bacilos psíquicos exsudados da fermentação das vitualhas pelos ácidos estomacais, criando-se um clima opressivo e angustiante para os bons comunicantes.
Com as auras densas e gomosas das emanações dos médiuns carnívoros que, fartos de retalhos cadavéricos, se apresentam às mesas espíritas, os guias sentem-se tolhidos em suas faculdades espirituais, à semelhança do homem que tenta se orientar sob pesada neblina ou intensa nuvem de fumaça asfixiante.
Fonte: "Fisiologia da Alma"
Ramatís/Hercílio Maes - Editora do Conhecimento.
