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Filhos e a dificuldade de os enxergarmos como espíritos

Eis a importância do Espiritismo, que elucida os pais quanto à trama das reencarnações, em que os filhos de hoje, tanto podem ter sido os algozes como as vítimas de ontem, mas renascidos na mesma família para a desejada reabilitação espiritual através do amor!

 

Os pais que castigam os filhos através de surras jamais gozarão do amor, respeito e da amizade que almejam dos seus descendentes. Filhos castigados fisicamente são filhos ressentidos e que jamais sentem-se obrigados a quaisquer deferências para com os pais agressivos. Impedir não é maltratar, mas assim como o jardineiro vigilante extingue dos arbustos benfeitores os ramos daninhos ou inúteis, os pais devem extirpar dos filhos qualquer excrescência perigosa e deformante logo que ela surge.

 

Até aos sete anos vigora na criança o instinto animal, o qual modela a confecção do corpo físico, mas forceja incessantemente para impor a sua natureza selvática sobre os princípios superiores do espírito encarnado. Quem não puder tornar-se amigo incondicional de seus filhos, mesmo impedindo-lhes a eclosão dos impulsos daninhos e ofensivos, também não lhes exija qualquer compreensão no futuro, pois só o amor jamais será esquecido!

 

Na maturidade, os filhos que foram alvos de um afeto puro e sincero dos pais, malgrado os corretivos justos, sentem-se até orgulhosos de não terem sido tratados como delinquentes comuns. Sem dúvida, há filhos inacessíveis ao amor, à disciplina e aos conselhos sadios, mas é indubitável que eles ainda serão mais rebeldes e ressentidos quando sob o açoite do castigo corporal!

PERGUNTA: - Embora endossando as vossas considerações, sentimos dificuldade em tratarmos nossos filhos como entidades espirituais, diferentes da sua condição carnal, hereditária, em nosso lar! Que dizeis?

 

RAMATÍS: - Os pais precisam reconhecer, sem qualquer contestação ou evasiva, que os filhos, por mais atraentes e divertidos, não passam de espíritos onerados pela bagagem de suas mazelas e imprudências do passado. Lembram as flores carnívoras, fascinantes, que revestidas do seu odor selvático, depois devoram os insetos incautos iludidos pelo seu fascínio agreste. Independente da idade, os filhos devem ser sustados no seu despotismo ou obstinação, ao primeiro gesto hostil e atitude rebelde, que pode levá-las a impor os seus caprichos e a sua tirania instintiva. Quem ainda não consegue comandar o seu próprio temperamento indócil e irascível herdado do instinto animal, deve submeter-se a um tratamento disciplinador que o eduque.

 

É muito perigoso os pais deixarem-se deslumbrar pelo descendente, que lhes surge no lar como uma dádiva do céu, só porque reproduz agradavelmente a configuração sanguínea da família. Jamais deve dispensar-se o corretivo justo e sadio a esse "tesouro carnal", pois é preciso ajudar-lhe o espírito enfraquecido a desenvolver as qualidades de um homem disciplinado, atencioso e pacífico. Cabe aos pais investigarem cuidadosamente todas as reações de cada filho, a fim de poderem criá-lo desenvolvendo-lhes os princípios espirituais.

 

 Há filhos que desde o primeiro vislumbre de entendimento precisam ser tratados enérgica e rispidamente, pois, do contrário, tomarão as rédeas sobre a autoridade dos pais, convertendo-se nos jovens completamente escravos do instinto animal!

 

Sem dúvida, há filhos dóceis, que se ajustam facilmente às solicitações paternas e sugestões superiores, pequenos cidadãos educados e corteses, eletivos ao carinho e à convivência amiga.

Fonte: "A Vida Humana e o Espírito Imortal"

Ramatís /Hercílio Maes Editora do Conhecimento.

Fonte: "A Vida Humana e o Espírito Imortal" Ramatís /Hercílio Maes Editora do Conhecimento.
Filhos ou espíritos?
Médium Consciente -
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