top of page

Será que a cura da doença física também cura o doente?

Cresce a neurose, a alienação mental, e os hospitais se tornam insuficientes para atender a tantos desequilíbrios nervosos e desacertos mentais. Embora a humanidade terrena ainda esteja usufruindo dos favores da penicilina, estreptomicina, aureomicina, terramicina e outras conquistas da terapia moderna dos antibióticos, infelizmente a medicina ainda não pôde vencer com êxito o mortificante páreo da dor e do sofrimento humano!

 

A patologia do câncer, a morfeia nervosa e os terríveis efeitos remanescentes da sífilis continuam a exigir o heroísmo dos mais devotados e geniais cientistas responsáveis pela saúde humana; os abalizados médicos e os pesquisadores brilhantes discorrem gravemente sobre as últimas teorias terapêuticas assinaladas nos momentos farmacológicos, mas infelizmente, também precisam considerar como obsoletas muitas das práticas e terapias que prognosticavam sucessos incomuns, mas foram inúteis!

 

Médicos sensatos e prudentes advertem da perigosa e inócua medicação fabricada à última hora, que só atende aos interesses comerciais e aos ganhos inescrupulosos, sem a garantia de demorada experimentação preventiva!

 

As moléstias continuam a exigir as mais demoradas reflexões dos clínicos abalizados, enquanto os hospitais se tornam insuficientes para abrigar os enfermos de todas as classes. Na realidade, a medicina tem debelado ou impedido de grassar muitas doenças perigosas para a espécie humana, graças aos seus excelentes recursos de laboratório e radiologia. Conseguiu certo êxito contra a tuberculose, a lepra, a brucelose, o tifo e certas afecções reumáticas, impedido a proliferação microbiana indiscriminada e opondo-lhe as comportas maciças dos antibióticos ou da farmacologia pesada de última hora.

 

Mas é evidente que, apesar da liquidação apressada dos germes específicos de tais moléstias e o represamento da enfermidade por hábil estancamento medicamentoso, isso não tem conseguido impedir a vertência contínua do tóxico produzido pelo psiquismo doentio. Sob a lei de biologia psíquica, as toxinas que fluem do perispírito para a carne, quando são represadas pelo êxito médico da Terra, apenas aguardam oportunidade mais favorável para então verter, outra vez, em direção ao campo material. Nenhuma força humana conseguirá impedir tal expurgo do perispírito para o corpo físico, seja na atual ou na próxima encarnação. E mesmo que a Medicina volte a arrasar os micróbios responsáveis pelas doenças da terminologia médica, as toxinas tornarão a baixar para o condensador vivo, de carne.

 

A cura real e definitiva da tuberculose ou de qualquer outra enfermidade só se concretizará depois que for efetuada a limpeza completa dos venenos acumulados na veste perispiritual, ou quando o espírito se entregar definitivamente à observância cotidiana dos princípios terapêuticos estabelecidos pelo Cristo Jesus — o Médico Divino! Doutra forma, embora louvemos a sabedoria e os esforços heroicos dos médicos enfrentando as mais graves enfermidades, ficai sabendo que, sem a sanidade espiritual, o morbo psíquico represado ou estorvado pela terapêutica do mundo sempre encontrará ensejo para prosseguir novamente pela carne no seu curso ou “descenso” implacavelmente expurgativo!

PERGUNTA: - Qual o processo pelo qual o “miasma” citado por vós provoca a tuberculose, quando de sua “descida” do perispírito para o corpo humano?

 

RAMATÍS: — Convém repetir-vos, mais uma vez, que a tuberculose não é moléstia específica produzida por bacilos, mas é essencialmente oriunda de um tipo de veneno psíquico gerado pelo desregramento mental e que, ao se desagregar do perispírito e se transferir para o organismo físico, acumula-se, de preferência, em torno da região etérica pulmonar. Após a sua descida vibratória, ocorre o já citado fenômeno da “estase” ou a estagnação do magnetismo enfermiço, que se transforma num lençol virulento, nutritivo, e inacessível aos exames de laboratórios terrenos.

 

Constitui-se, então, em ótima alimentação morbígena para multiplicar a progênie do bacilo de Koch, que é considerado academicamente o responsável direto pela tuberculose pulmonar.

 

A estrutura vital-física pulmonar vai-se fragmentando rapidamente, por efeito de proliferação dessa vida microbiana anormal para o organismo; perturba-se a aglutinação molecular e a sua harmonia eletrônica na formação de novas células. Após a convergência dos bacilos atraídos pelo tipo do miasma descido do psiquismo enfermo e transferido do perispírito para a região pulmonar, não tardam a surgir as cavernas que posteriormente são acusadas pelas chapas radiográficas e que a ciência classifica sob a etiologia tuberculínea.

 

Cada moléstia classificada pela Medicina corresponde exatamente a um tipo de subproduto de fluido tóxico mórbido, que é gerado pela mente desgovernada e se acumula na contextura do perispírito; mas, em verdade, isso apenas confirma a existência de um doente e não da doença! Quanto à infecção microbiana, é apenas um fenômeno natural da vida do mundo infinitesimal, que procura a nutrição adequada para a justa procriação de sua espécie, e não por qualquer ferocidade inata.

 

PERGUNTA: - Baseando-nos em vossas elucidações, seria contraproducente, por exemplo, empreender-se a cura da tuberculose, quando sabemos que se trata de um espírito expurgando certo tipo de veneno psíquico acumulado noutras vidas? A sua cura física não poderia perturbar-lhe o próprio curso benfeitor de retificação espiritual?

 

RAMATÍS: — Tornamos a lembrar-vos que é muito justo o empenho dos médicos em procurar debelar, as enfermidades humanas, o que deve ser feito sem qualquer preocupação em se saber se a doença é expurgação tóxica do espírito enfermo, ou apenas moléstia específica da carne. O que temos a lamentar é que, apesar de tantos esforços louváveis e sacrifícios de abnegados cientistas e estudiosos, infelizmente a humanidade nunca se apresentou tão enferma quanto na atualidade, embora se verifiquem os mais admiráveis progressos terapêuticos e cirúrgicos da Medicina moderna.

 

Apesar de esta haver conseguido algumas soluções felizes sobre velhas incógnitas patológicas, novas enfermidades têm substituído as antigas, desafiando os mais eficientes recursos atuais e zombando da terminologia médica elaborada à custa dos exaustivos esforços de laboratórios e pesquisas meticulosas.

 

As estatísticas terrícolas advertem do aumento assustador do câncer e de várias outras moléstias exóticas e desconhecidas; a poliomielite, as anemias, as afecções exóticas, as dermatites graves, as úlceras gástricas e pépticas e o aumento incessante das enfermidades hepáticas, ainda afrontam o talento e a previsão médica dos mais abalizados cientistas.

Doença e Doente

Fonte: "Fisiologia da Alma" 

Ramatís/Hercílio Maes - Editora do Conhecimento.

Fonte: "Fisiologia da Alma"  Ramatís/Hercílio Maes - Editora do Conhecimento.
Médium Consciente -
00:0000:00
bottom of page