

Médium Consciente
À luz de Ramatís
Como o psiquismo do ser cede condições para os germes causarem as doenças?
RAMATÍS: — Lembramo-vos que, embora a Medicina durante muito tempo houvesse considerado os vermes intestinais como parasitas produtores de toxinas maléficas e responsáveis pela estase intestinal, os microbiologistas modernos os aceitam como microrganismos simbólicos e úteis, cuja função é desintegrar os resíduos alimentares e transformá-los sinteticamente em vários elementos, tais como certas vitaminas e proteínas necessárias ao equilíbrio biológico.
Na atualidade já se presume que os colibacilos, tão temidos antigamente como microrganismos virulentos, aparecem no intestino do recém-nascido para cumprir a preciosa tarefa de fabricar a vitamina K, de cuja ausência se verifica a incontrolável hemorragia. Outros tipos de microrganismos ou microgênicos produzem o leite, a linfa, os sucos gástricos, os fermentos pancreáticos, os hormônios glandulares, enquanto várias outras espécies filtráveis operam até na admirável rede nervosa.
O bacilo de Koch, por exemplo, não é o responsável especifico pela tuberculose pulmonar, pois a sua presença é devida às condições vitais e nutritivas que se estabelecem anteriormente no pulmão, conforme já vos elucidamos. Ele apenas defende o sagrado direito da vida e atende à sua prole procurando terreno simpático para progredir. Lembra o que acontecia com os “peles-vermelhas” americanos, que emigravam para os territórios de caça ou os silvícolas brasileiros, que escolhiam as regiões de pesca e caça ou de frutos nutritivos, onde pudessem cumprir os imperativos da vida humana.
PERGUNTA: - Como entenderíamos melhor a vossa afirmativa de que o êxito microbiano depende fundamentalmente da condição mórbida ou “miasmática” do psiquismo doente, que então atrai os germes patogênicos e os alimenta?
RAMATÍS: — As causas enfermas, como já expusemos, não residem especificamente na existência ou proliferação desses germes, bactérias ou bacilos, eles só aparecem depois que se estabelece a desvitalização orgânica, quando a carga residual psíquica leva o corpo físico à saturação mórbida e então se produz o estado ou o terreno favorável para a sua procriação.
E de senso comum que o organismo humano é portador da progênie de toda espécie microbiana, porquanto o seu arcabouço, na realidade, não passa de vigorosa rede de magnetismo sustentando inumeráveis coletividades de germes invisíveis aos olhos comuns, mas responsáveis por todas as funções e necessidades orgânicas.
A verdadeira causa das moléstias germina no desequilíbrio psíquico, quando a mente se subverte e acelera a dinâmica perigosa das paixões brutais. Então produzem-se os tóxicos nocivos que depois afetam a força vital etérica e alimentam os vírus invisíveis do mundo astral, fazendo-os baixar vibratoriamente até à organização carnal. Ante a desarmonia vital provocada pelo descenso dos venenos psíquicos oriundos da mente desgovernada, o organismo fica incapacitado para impedir a proliferação microbiana perigosa, assim como seria impossível suster-se uma avalancha líquida desenfreada, depois que se rompessem as comportas de uma represa. Aliás, muitos cientistas terrenos já concluem, sensatamente, que “os micróbios acompanham, mas não causam a doença”.
PERGUNTA: - Ser-vos-ia possível citar algum exemplo mais concreto, com que pudéssemos assimilar melhor as vossas considerações?
Fonte: "Fisiologia da Alma"
Ramatís/Hercílio Maes - Editora do Conhecimento.
